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ToggleBrachiaria brizantha – BRS Piatã
- Família: Gramíneas
- Espécie: Brachiaria brizantha
- Cultivar: BRS Piatã
- Ciclo vegetativo: Perene
- Consorciação: Todas as leguminosas
- Hábito de crescimento: touceira
- Tempo de formação: 80 dias
- Altura do corte (pastejo): 25 cm
- Matéria Seca: 14 t/ha/ano
- Proteína bruta na MS: 10 % da MS
- Aceitabilidade: boa
- Exigência em fertilidade do solo: média
- BRS Piatã é uma Brachiaria brizantha que foi lançada pela Embrapa e por seus parceiros em 2006.
- Foi desenvolvida a partir de uma planta que faz parte da coleção de forrageiras da Embrapa e que, originalmente, foi coletada pelo Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), entre 1984 e 1985 na África.
- O nome Piatã é de origem tupi-guarani e significa fortaleza e a cultivar recebeu esse nome devido às características de robustez e produtividade.
- É adaptada a solos de média e boa fertilidade das zonas tropicais brasileiras onde, tradicionalmente, outras cultivares de Brachiaria brizantha, como os capins marandu e xaraés, são largamente usadas.
As qualidades forrageiras da cultivar foram comprovadas por avaliações realizadas em diversas regiões pecuárias do Brasil Central, mostrando que apresenta comportamento e produtividade semelhantes às duas cultivares mencionadas, porém com características diferenciadas em diversos aspectos, o que a torna uma importante alternativa para a diversificação de pastagens.
- Sua floração é mais precoce, nos meses de janeiro e fevereiro, permitido a recuperação das plantas e a produção de forragem de boa qualidade no final do período das chuvas.
- Seus colmos são mais finos e facilmente aproveitados pelo animal, o que favorece o consumo da forragem disponível ou reservada (diferimento) para a seca.
- Tem mais resistência às cigarrinhas típicas de pastagens que o capim-xaraés, ainda que, como as demais brizantas, sofra danos com a cigarrinha-da-cana, cujo gênero é muito comum na região Norte do Brasil.
- Não é tão sensível a solos com má drenagem quanto o capim-marandu.
- Consorcia-se muito bem com o estilosantes Campo Grande.
- É uma boa alternativa para integração lavoura-pecuária por ter seu crescimento inicial mais lento que os capins xaraés e marandu e por suas características favoráveis de manejo, arquitetura de planta e acúmulo de forragem no período seco.
- É moderadamente resistente às cigarrinhas típicas de pastagens (Notozulia entreriana e Deois flavopicta), desfavorecendo a infestação e a sobrevivência das ninfas.
- Quanto aos níveis populacionais em condições de campo, constataram-se, nessa cultivar, baixa infestação e danos moderados ao ataque da forma adulta.
- Assim como acontece com outras brizantas, não é resistente à cigarrinha-da-cana (Mahanarva fimbriolata), muito comum na região Norte do Brasil.
- O capim-piatã mostrou-se tolerante a fungos foliares e de raiz, sendo menos sensível ao encharcamento do solo que o capim-marandu. Por outro lado, é moderadamente resistente à ferrugem causada por Puccinia levis var. panici-sanguinalis e apresenta suscetibilidade ao carvão das sementes, uma doença fúngica causada por Ustilago operta.
- A ocorrência dessa última doença está diretamente relacionada às condições de alta umidade relativa e muita chuva durante o florescimento. Como se trata de doença das sementes,não interfere com o uso da cultivar em pastejo.
- Floresce cedo, nos meses de janeiro e fevereiro, e sua inflorescência apresenta até doze ramificações, o que diferencia essa cultivar das demais.
- Produz de 150 a 450 kg de sementes puras por hectare ao ano, e cada grama contém aproximadamente 120 sementes. São, portanto, equivalentes em tamanho às do capim-marandu e menores que as do capim-xaraés. Quando colhidas do chão, por varredura, praticamente não apresentam dormência.
- A cultivar BRS Piatã é de mediana exigência quanto à fertilidade do solo, sendo equivalente à cultivar Marandu quanto a esse aspecto e menos exigente que a cultivar Xaraés. Não é, portanto, indicada para solos de baixa fertilidade, mas adapta-se bem a solos arenosos de boa fertilidade.
- A quantidade de corretivos e de fertilizantes deve sempre basear-se na análise química do solo.
- Sugere-se a aplicação de calcário suficiente para elevar a saturação por bases do solo ao mínimo de 40%. A cultivar Piatã responde melhor ao fósforo que as outras cultivares de B. brizantha. Sugere-se que sejam incluídos, na fórmula de adubação de plantio ou em aplicação isolada, 30 kg de enxofre por hectare.
- Aplicar, também, de 50 a 75 kg/ha de nitrogênio, 30 a 45 dias após o nascimento das plantas ou, preferencialmente, após um leve pastejo de uniformização.
- É recomendável a aplicação de 40 a 50 kg por hectare de uma fórmula de FTE que contenha zinco, cobre e molibdênio, no plantio e repeti-la a cada três a quatro anos.
- Assim como ocorre com todas as pastagens cultivadas, é indispensável que se faça a reposição de nutrientes retirados pelo pastejo e exportados para fora do sistema na forma de produção animal.
- A adubação de manutenção deve ser observada no sentido de se evitar a degradação da pastagem e queda da produtividade. O primeiro cuidado deve ser para que os teores de nutrientes no solo, principalmente de P e K, não caiam abaixo de 80% dos valores recomendados para o estabelecimento, na camada de 0 a 20 cm de profundidade. Quando isso acontecer, devem-se utilizar fórmulas que elevem os teores para esse patamar.
- Independente desse critério, também devem-se observar os níveis de produção animal obtidos na área e repor os nutrientes de forma a manter a sustentabilidade da produção.
- O capim-piatã, assim como o capim-marandu, promove ganhos de peso diário, por animal, superiores aos do capim-xaraés, nas águas. Já as taxas de lotação nos capins piatã e marandu são menores que no capim-xaraés nos dois períodos (seco e águas), por causa da maior produção de forragem desse último. Como consequência, os ganhos de peso por hectare são maiores no capim-xaraés. Essas diferenças podem e devem ser aproveitadas para atender diferentes categorias animais em um sistema vantajoso de diversificação de pastagens.
Caracteristicas
Resistencia
Seca
70%
Resistência
Encharcamento
59%
Resistência
Frio
60%
Resistência
Cigarrinha
77%
Matéria seca toneldaa/hectares/ano
10
Altura pra primeiro corte
1
Tempo de formação
0
Dias pra germinação
0