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ToggleBrachiaria brizantha – BRS Paiaguás
Brachiaria brizantha cv. Marandu é um cultivar de Capim.
Também chamado de ‘Brizanatão’ ou ‘Brachiarão’, a Brachiária brizantha cv Marandu detém ao menos 40 milhões de hectares no Brasil. Apresenta diversos benefícios: resistência à cigarrinha das pastagens, digestibilidade e palatabilidade excelentes, ótima para pastejo e indicada também para produção de feno.
Nome científico: Brachiaria brizantha (Hochst.) Stapf.
Cultivar: Marandu (CIAT 6294 – IRI 822 – BRA 000591)
Registro no MAPA: nº 02250 em 10.05.99
Fertilidade do solo: Média a alta
Forma de crescimento: Touceira semi-ereta
Altura: 1,0 a 1,5m
Utilização: Pastejo direto, silagem e fenação
Digestibilidade: Boa
Palatabilidade: Boa
Precipitação pluviométrica: Acima de 800 mm anuais
Tolerância à seca: Média
Tolerância ao frio: Média
Teor de proteína: 11% na MS
Profundidade de plantio: 1 a 2 cm
Ciclo vegetativo: Perene
Produção de forragens: 10 a 14 t/ha/ano de matéria seca (MS)
Cigarrinha das pastagens: Resistente
Formigas cortadeiras: Resistente
Restrição: não tolera solos encharcados e de má drenagem
Consorciação: Arachis pintoi, Soja perene, Calopogônio e Java
A cultivar Marandu tem origem na África Tropical, foi liberado comercialmente no Brasil pela EMBRAPA em 1984, e sua origem foi o germoplasma introduzido na região de Ibirarema-SP, proveniente da Estação Experimental de Pastagem de Zimbabwe, em Marondera – África.
O nome Marandu significa “novidade”
Utilizada para pastejo direto pelos animais, silagem e fenação, sendo indicada para cria e engorda de bovinos, não é aceita por equinos, ovinos e caprinos. Recomendamos o uso do Marandu em pastejo rotacionado ou em piquetes pequenos, para sua recuperação após o uso.
No pastejo rotacionado os piquetes devem ficar entre 30 a 35 dias em descanso durante o período chuvoso e quente do ano, com 1 a 5 dias de utilização. As plantas podem ser pastejadas quando atingirem 60 a 80 cm de altura. Na seca e frio o tempo de descanso da área é bem maior.
Em caso de pastejo contínuo a altura mínima de pastejo é cerca de 20 a 25 cm, abaixo disso as gemas podem ser eliminadas. Em caso de novo estabelecimento, a área pode ser pastejada cerca de 90 dias depois da germinação das sementes, dependendo sempre das condições climáticas.
Planta cespitosa e muito robusta, de 1,5 a 2,0 m de altura, com colmos iniciais prostrados, mas produzindo afilhos predominantemente eretos. Possui rizomas muito curtos e encurvados. Os colmos floríferos são eretos, freqüentemente com afilhamento nos nós superiores, que leva a proliferação de inflorescências, especialmente sob regime de corte e pastejo. Bainhas pilosas e com cílios nas margens, geralmente mais longas que os entre nós, escondendo os nós, o que confere a impressão de haver densa pilosidade nos colmos vegetativos.
As lâminas foliares são lineares lanceoladas, esparsamente pilosas na face ventral e glabras na face dorsal. Inflorescência de até 40 cm de comprimento, geralmente com 4 a 6 racemos, bastante eqüidistantes ao longo do eixo, medindo de 7 a 10 cm de comprimento, mas podendo alcançar 20 cm nas plantas muito vigorosas. Espiguetas unisseriadas ao longo da raque, oblongas a elíptico-oblongas, com 5,0 a 5,5 mm de comprimento por 2,0 a 2,5 mm de largura, esparsamente pilosas no ápice.
Esta gramínea se desenvolve bem em condições tropicais, desde o nível do mar até 2.000 m de altitude, em regiões com boa precipitação pluvial anual superior a 700 mm e cerca de 5 meses de seca. Adapta-se bem a solos de média a alta fertilidade. Textura média ou arenosa é a mais adequada para este cultivar, que não tolera solos argilosos e siltosos. Apresenta média proteção ao solo, podendo ser indicada para áreas de relevo plano a ondulado.
O cultivar Marandu tem boa tolerância ao sombreamento, ao fogo e a seca. Não tolera solos encharcados e é suscetível a geadas. Este cultivar tem boa resposta à adubação e as consorciações podem ser feitas com Arachis pintoi, estilosantes, calopogônio, soja perene, java e puerária.
Este cultivar tem também como característica a alelopatia, que é a produção de substâncias, que quando liberadas no ambiente, pode afetar o desenvolvimento de outras plantas.
Em regiões com problemas de formigas cortadeiras, a Marandu é uma das boas opções de plantio, uma vez que as formigas não atacam esta planta e são eliminadas por inanição. Outra importante característica desta cultivar é a sua resistência a cigarrinha-das-pastagens (Zulia entreriana e Deois flavopicta). Existem informações, principalmente no norte do Brasil, que a cigarrinha do gênero Mahanarva está atacando este cultivar e este tem se mostrado susceptível.
Em média, um grama de sementes contém cerca de 120 sementes puras e viáveis e no plantio as sementes devem ser incorporadas a 1,0 a 2,0 cm de profundidade.
Utilizada para pastejo direto pelos animais, silagem e fenação, sendo indicada para cria e engorda de bovinos, não é aceita por eqüinos, ovinos e caprinos.
Recomendamos o uso do Marandu em pastagens rotacionados ou em piquetes pequenos, onde o pasto possa ser vedado para sua recuperação após o uso.
Em caso de novo estabelecimento, a área pode ser pastejada cerca de 90 dias depois da germinação das sementes, dependendo sempre das condições climáticas.
No pastejo rotacionado os piquetes devem ficar entre 30 a 35 dias em descanso durante o período chuvoso e quente do ano, com 1 a 5 dias de utilização. Na seca e frio o tempo de descanso da área é bem maior. Em caso de pastejo contínuo a altura mínima de pastejo é cerca de 20 a 25cm, altura esta em que, a quantidade de talos é maior do que a quantidade de folhas.
1) A lanço : No período normal, compreendido entre os meses de outubro a janeiro, deve-se usar 400 pontos de vc/ha. A partir daí, aumentar para 450 pontos de vc/ha.
2) Em linha : Para o período normal, 300 pontos de vc/há são suficientes. A partir daí, aumentar para 350 pontos vc/ha. No caso de consorciação com leguminosas, pode-se reduzir em torno de 20% a quantidade de sementes para ajudar o estabelecimento destas.
Incorporar as sementes em torno de 3,0 cm com grade niveladora fechada após a total distribuição das mesmas na área. Assim como para as demais espécies, os melhores resultados são obtidos, passando-se rolo compactador após incorporação da semente ao solo. No caso de consorciação, a seqüência de operações recomendada, uma vez o solo esteja bem preparado, é:
Distribuição das sementes de brizantha;
Grade niveladora fechada;
Distribuição das sementes de leguminosa;
Rolo compactador.
Produção variando de 15 a 20 toneladas de matéria seca/ha/ano. Sua composição média é de 9 a 11% de proteína bruta na matéria seca. Apresenta alta palatabilidade e cerca de 60% de digestibilidade.